O
Dogma Central da Biologia Molecular é um conceito que ilustra os mecanismos de
transmissão e expressão da hereditariedade após a descoberta da sua codificação
na dupla hélice do DNA. Propõe que existe uma unidirecionalidade na expressão
da informação contida nos genes de uma célula, ou seja, que o DNA é transcrito
no RNA mensageiro e que este é traduzido à proteína, elemento que por fim
efetua a ação celular. O dogma postula igualmente que apenas o DNA é capaz de
duplicar-se e, por conseguinte, reproduzir-se e transmitir a informação
genética aos descendentes. O dogma foi pela primeira vez proposto por Francis
Crick em 1958 e divulgado num artigo da revista Nature em 1970. Algumas descobertas posteriores não
coincidiram com este Dogma: o RNA pode sofrer replicação em alguns vírus e
plantas, o RNA viral, através de uma enzima denominada transcriptase reversa,
pode ser transcrito em DNA e o DNA pode diretamente traduzir proteínas
específicas sem passar pelo processo de transcrição, porém este processo ainda
não está bem claro.
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